terça-feira, 16 de junho de 2009

Curiosidades sobre formigas [2]

SUSTENTAÇÃO DE MASSA MAIOR QUE SEU CORPO

Para conseguir levantar objetos maiores do que ela, a formiga elimina grande parte da força de gravidade.
Como a quantidade de energia absoluta da formiga é mais pequena do que a dos grãos de areia sobre ela, a energia da atmosfera, desvia-se em parte para a formiga aliviando assim o peso da formiga sobre a terra.

Curiosidades sobre formigas

PICADAS/MORDIDAS DE FORMIGAS

As formigas são capazes de dar mordidas e picadas poderosas.

Algumas espécies possuem um ferrão abdominal com veneno que pode provocar: anafilaxia, necrose e infecção secundária. Existe também a formiga tocandira que é capaz de atingir o comprimento de 3 cm e possui uma picada extremamente dolorosa e que pode provocar edema e eritema no local.

Outra espécie nada amigável são as formigas-de-fogo e suas familiares (Myrmicinae), que são extremamente agressivas e atacam em grandes números. A sua mordida é extremamente dolorosa, juntando a isso o facto de que elas são capazes de ferroar 10-15 vezes cada uma, ferroando num local e ao redor dele, provocando assim uma pequena lesão dupla no centro de várias lesões pustulosas.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Formigas


As formigas são insetos sociais da ordem Hymenoptera. São os mais populares dentre os insetos. Todas as formigas são consideradas eussociais.
As formigas estão incluidas em uma única família, Formicidae, sendo que existiam 12.350 espécies descritas em meados de março de 2008.
Organização social das formigas

imagem retirada do site: http://palavrassussurradas.wordpress.com/2008/03/14/invasao-de-formigas-cria-dilema-para-monges-pacifistas/

Embora nem todas as espécies de formigas construam formigueiros, muitas fazem autênticas obras de engenharia, normalmente subterrâneas, com um complexo sistema de túneis e câmaras com funções especiais.
imagem retirada do site: http://pt.mongabay.com/travel/files/p3346p.html

As sociedades das formigas são organizadas por divisão de tarefas e a cada tipo de tarefa corresponde um tipo de indivíduos diferente.
A função da reprodução é realizada pela rainha e pelos machos. A rainha vive dentro do formigueiro, é maior que as restantes das formigas, perdem as asas depois de fecundada e durante toda a sua vida põe ovos.
Os machos aparecem apenas quando é necessário fecundar uma nova rainha, o que acontece durante um vôo em que participam milhares de fêmeas e machos alados; depois da fecundação, os machos não são autorizados a entrar no formigueiro e geralmente morrem rapidamente.
imagem retirada do site: http://br.geocities.com/petdalire/53.html

As restantes funções – procura de alimentos, construção e manutenção do formigueiro e sua defesa – são realizadas por fêmeas estéreis, as obreiras. Em certas espécies, as obreiras que realizam as diferentes funções estão também divididas em castas. Normalmente, as que se ocupam da defesa – ou para o ataque, uma vez que algumas espécies são predadoras de animais que podem ser maiores que elas - têm as peças bucais extremamente grandes e fortes.

Existem também outras 2 funções: a de operário e a de soldado. As operárias tomam conta dos bebês-formigas, fazem a limpeza da casa e vão atrás de comida. Já as formigas soldados guardam a entrada do formigueiro sem descanso.

imagem retirada do site: http://blog.cancaonova.com/maissaude/

Desenvolvimento

As pequenas formigas desenvolvem-se por metamorfoses completas, passando por um estado larvar equivalente à lagarta dos outros insetos e pelo estado de pupa. A larva não tem pernas e é alimentada pelas obreiras por um processo chamado trofalaxia, no qual a obreira regurgita alimentos por ela ingeridos e digeridos. Os adultos também distribuem alimento entre si por este processo. As larvas e pupas precisam de temperatura constante para se desenvolver e, por isso, são transferidas para câmaras diferentes, de acordo com o seu estágio de desenvolvimento.

A diferenciação em castas é determinada pelo tipo de alimento que nos recebem diferentes estados larvares e as mudanças morfológicas que caracterizam cada casta aparecem abruptamente.


imagem retirada do site: http://www.dialogosuniversitarios.com.br/pagina.php?id=2664

Abelhas

Fontes: Sistemas de Produção/CNPTIA/EMBRAPA
Wickpedia

As abelhas são indivíduos pertencentes à classe Hymenoptera, da superfamília Apoidea.
O representante mais conhecido é a Apis mellifera, criada em larga escala para a produção de mel.
As espécies de abelhas nativas das Américas não possuem ferrão.
Apis mellifera. imagem retirada do site: normanweston.com/BEES/Honeybees.htm

Apis mellifera. imagem retirada do site: www.juzaphoto.com/.../macro-trebbia_valley.htm

Anatomia
Patas
A abelha como todo o inseto é hexápode, tem três pares de patas. O terceiro par é chamado de patas coletoras, serve para transportar pólen.
Língua
A língua funciona como uma esponja, que absorve o néctar da flor.
Mandíbula e maxilar
São órgãos responsáveis por amassar as escamas de cera que a abelha expele do abdômen, utilizadas depois para construir os favos. Têm também a função de abrir as anteras das flores - para extrair o pólen; varrer a colméia; e mutilar os inimigos.
Antenas
Órgãos do olfato e do tato são extremamente sensíveis.
Ferrão
O ferrão serve para injetar o veneno no corpo do inimigo. Na fuga a abelha operária, quase sempre, deixa o ferrão na vítima, morrendo um ou dois dias depois por isso.
Toráx e abdomem
Contém os aparelhos: digestivo; o circulatório e o respiratório (o sangue é incolor e circula com as contrações do coração). Há ainda os estigmas - orifícios por onde respiram os insetos; o aparelho de reprodução masculino e o feminino.
Olhos
A abelha tem cinco olhos. São três pequenos no topo da cabeça e dois olhos compostos, maiores, na frente.
Asas
As asas são formadas por duas membranas superpostas, reforçadas por nervuras ramificadas. Os pares de trás são menores e munidos de ganchinhos, com os quais a abelha, durante o vôo, prende as duas asas formando uma só.

Apis mellifera. imagem retirada do site: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Apis_mellifera_carnica_worker_hive_entrance_3.jpg

A vida das abelhas
As abelhas são insetos sociais que vivem em colônias. Elas são conhecidas há mais de 40.000 anos e as que mais se prestam para a polinização, ajudando enormemente a agricultura, produção de mel, geléia real, cera, própolis e pólen, são as abelhas pertncentes ao gênero Apis.














Apis mellifera. imagem retirada do site:
zea-flora-fauna.blogspot.com/

Organização e estrutura da colmeia
As abelhas são insetos sociais, vivendo em colônias organizadas onde cada indivíduo possui uma função bem definida, que é executada visando sempre a sobrevivência e manutenção do enxame. Numa colônia, em condições normais, existe uma rainha, cerca de 5.000 a 100.000 operárias e de 0 a 400 zangões.

Colmeia de Apis mellifera. imagem retirada do site: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMelOld/organizacao.htm

A rainha tem por função a postura de ovos e a manutenção da ordem social na colmeia. A larva da rainha é criada num alvéolo modificado, bem maior que os das larvas de operárias e zangões, de formato cilíndrico, denominado realeira, sendo alimentada pelas operárias com a geléia real, produto rico em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. A rainha adulta possui quase o dobro do tamanho de uma operária e é a única fêmea fértil da colmeia, apresentando o aparelho reprodutor bem desenvolvido.
Realeiras construídas na extremidade do favo. imagem retirada do site: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMelOld/organizacao.htm

A vida reprodutiva da rainha inicia-se com o vôo nupcial para sua fecundação. A fecundação ocorre em áreas de congregação de zangões, onde existem de centenas a milhares de zangões voando à espera de uma rainha, conferindo assim uma grande variabilidade genética no acasalamento.
A rainha se dirige a estas áreas, a cerca de 10 metros de altura, atraindo os zangões com a liberação de substâncias denominadas feromônios. Apenas os mais rápidos e fortes conseguem alcançá-la e o acasalamento, ou cópula, ocorre em pleno vôo. Uma rainha pode ser fecundada por até 17 zangões e o sêmen é armazenado num reservatório especial. Esse estoque de sêmen será utilizado para a fecundação de óvulos durante toda a vida da rainha, pois uma vez que ela retorna à colônia não sairá mais para realizar outro vôo nupcial.
A rainha põe ovos fertilizados, que dão origem às fêmeas (operárias ou novas rainhas) ou ovos não fertilizados, que originam os zangões. Sua capacidade de postura pode ser de até 2.500 a 3.000 ovos por dia, em condições de abundância de alimento. Ela pode viver e se reproduzir por até três anos ou mais. A rainha consegue manter a ordem social na colmeia através da liberação de feromônios. Estas substâncias têm função atrativa e servem para informar aos membros da colmeia que existe uma rainha presente e em atividade; inibem a produção de outras rainhas, a enxameação e a postura de ovos pelas operárias. Servem ainda para auxiliar no reconhecimento da colmeia e na orientação das operárias. A rainha está sempre acompanhada por um grupo de 5 a 10 operárias, encarregadas de alimentá-la, cuidar de sua limpeza, sendo responsáveis também pelo recebimento e repasse dos feromônios aos outros membros da colmeia.
Quando ocorre a morte da rainha ou quando a mesma deixa de produzir feromônios e de realizar posturas, em virtude de sua idade avançada, ou ainda quando o enxame está muito populoso e falta espaço na colmeia, as operárias escolhem ovos recentemente depositados (até três dias), transportando-os para células especiais - realeiras - para a produção de novas rainhas. A primeira rainha a nascer destrói as demais realeiras e luta com outras rainhas que tenham nascido ao mesmo tempo até que fique apenas uma.
Em caso de população grande, a rainha velha enxameia com, aproximadamente, metade da população antes do nascimento da princesa. Em alguns casos, quando a rainha está muito cansada, ela pode permanecer na colmeia, em convivência com a nova rainha por algumas semanas, até sua morte natural. Também pode ocorrer que a nova rainha elimine a rainha antiga, logo após o nascimento.

Rainha de Apis mellifera. imagem retirada do site: www.furb.br/genetica/apiario.ht

As operárias realizam todo o trabalho para a manutenção da colmeia. Elas executam atividades distintas, de acordo com a idade, desenvolvimento glandular e necessidade da colônia (limpeza dos alvéolos, nutrizes, construção dos favos, produção do mel, estocamento do pólen, defesa, coleta de suprimentos). As operárias possuem os órgãos reprodutores atrofiados, não sendo capazes de se reproduzirem. Isso acontece porque, na fase de larva, elas recebem alimento menos nutritivo e em menor quantidade que a rainha. Além disso, a rainha produz feromônios que inibem o desenvolvimento do sistema reprodutor das operárias na fase adulta. Em compensação, elas possuem órgãos de defesa e trabalho perfeitamente desenvolvidos, muitos dos quais não são observados na rainha e no zangão, como a corbícula (onde é feito o transporte de materiais sólidos) e as glândulas de cera.
Os zangões são os indivíduos machos da colônia, cuja única função é fecundar a rainha durante o vôo nupcial. As larvas de zangões são criadas em alvéolos maiores que os das larvas de operárias, e levam 24 dias para completarem seu desenvolvimento de ovo a adulto. Eles são maiores e mais fortes do que as operárias, entretanto, não possuem órgãos para trabalho nem ferrão e recebem, em determinados períodos, alimento através das operárias. Em contrapartida, os zangões apresentam os olhos compostos mais desenvolvidos e antenas com maior capacidade olfativa. Além disso, possuem asas maiores e musculatura de vôo mais desenvolvida. Essas características lhes permitem maior orientação, percepção e rapidez para a localização de rainhas virgens durante o vôo nupcial. Os zangões são atraídos pelos feromônios da rainha a distâncias de até 5 km durante o vôo nupcial. Durante o acasalamento, o órgão genital do zangão fica preso no corpo da rainha e se rompe, ocasionando sua morte.

Alvéolos de zangão e de operária de Apis mellifera. imagem retirada do site: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMelOld/organizacao.htm

Geneticamente uma rainha é idêntica a uma operária. Ambas se desenvolvem a partir de ovos fertilizados. Entretanto, fisiológica e morfologicamente estas castas são diferentes devido à alimentação diferenciada que as larvas recebem.
A rainha recebe, durante toda sua vida, um alimento denominado geléia real.
As larvas de operárias, por sua vez, são alimentadas até o terceiro dia com um alimento comumente chamado de geléia de operária.
Mesmo tendo recebido um alimento menos nutritivo, uma larva de, no máximo, três dias pode ser transferida da célula de operária para uma realeira e terá as características de uma rainha. Entretanto, quanto mais nova for a larva, melhor será a qualidade da rainha e sua capacidade de postura.
Além da alimentação, a estrutura onde a larva da rainha é criada (realeira) tem grande influência em seu desenvolvimento, uma vez que é maior que o alvéolo de operária e posicionada de cabeça para baixo, o que deixa o abdome da pupa livre, permitindo pleno desenvolvimento e formação dos órgãos reprodutores.
Esquema de diferenciação de castas. imagem retirada do site: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMelOld/organizacao.htm
imagem retirada do site: (endereço não encontrado)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O que é EUSSOCIEDADE?

A eussocialidade (sociedade verdadeira) corresponde a todos os insetos que interagem de alguma forma com membros de sua espécie.

É encontrada apenas em dois táxons de insetos, nos Isoptera (cupins) e nos Hymenoptera (formigas, vespas e abelhas). Todos os cupins e formigas são sociais, e algumas abelhas também.

Nessa sociedade, os membros cooperam no cuidado com os juvenis. Há uma divisão reprodutiva do trabalho, no qual os indivíduos estéreis fazem o trabalho físico da sociedade enquanto a reprodução é incumbência dos indivíduos férteis.

É caracterizada também pela sobreposição de, pelo menos, duas gerações, de forma que os pais podem ser auxiliados pelos descendentes.

Nenhum indivíduo consegue sobreviver independentemente da colônia, nem pode pertencer a uma colônia diferente daquela na qual se desenvolveu.

Cada indivíduo tem função definida e morfologia própria à função (Polimorfismo).

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Bem vindos

Olá leitores,
sejam bem vindos ao blog Invertebrados Socias. Aqui vocês encontrarão conteúdo informacional e curiosidades sobre as espécies de invertebrados que vivem em sociedade, como abelhas, formigas e cupins.
Até breve.